sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

ENTREVISTA COM TE VOY A QUEBRAR

Esse Blog é um zine virtual dedicado a entrevistas e matérias
com artistas e bandas independentes.
Estamos caminhando para que em breve isso torne-se um coletivo de verdade,
agitarmos alguns eventos , explodir a porra toda.
Enfim, pôr fogo no Rio de Janeiro, fazer alguma coisa acontecer por aqui.
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ENTREVISTA COM TE VOY A QUEBRAR

CARALHO!!! Toda vez que eu ouço TE VOY A QUEBRAR ou vejo um
show desses caras, me da vontade de ficar batendo com a cabeça na parede
até estufar tudo e os miolos saírem pelos ouvidos.

Grindcore?? Stoner?? Crust?? Metalcore???? FODA-SE!!!!

Pra mim isso é Rockão pesado e fudido do bom!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

www.myspace.com/tevoyaquebrar

OBS: Essas perguntas foram formuladas por: Dony e Thiago Pires.



É NÓISE: Primeiramente, gostariamos que a banda se apresentasse e disse-se desde quando estão por aí fazendo barulho?


Pedro: Eu toco guitarra, o Bruno é o baixista, Felipe toca batera e o Alejandro insiste em nos encher o saco com sua guitarra e canta menos a cada dia que passa, já desistiu de fazer letras e tem vergonha de cantar até no ensaio. A banda começou em 2003, não sei direito quando, acho que depois da metade... O primeiro show já foi com a formação atual, no fim do ano de sua formação.

É NÓISE: Como rolou de juntar a galera e formar a banda? Vocês ja eram amigos?

Bruno: Com o término de suas respectivas bandas, Alejandro e Chico, antigo guitarrista, decidiram unir forças e iniciar as atividades em um novo projeto. Para completar o time, proveniente do Estigma, antiga banda de Alejandro, recrutaram para a outra guitarra o Pedro e logo depois, chamaram nosso amigo Menezes, atualmente no Cooper Cobras, que também tocara no Estigma. Como Menezes possuía outras prioridades na época, ele teve de deixar a banda, então depois de muita especulação sobre meu caráter, minha pessoa e meus vícios decidiram arriscar e me dar esse trabalho. É...era uma época meio agitada! O pedro eu conheço a 22 anos, o Alejandro era meu amigo até o primeiro ensaio, o Chico eu nunca tinha visto mais gordo, o Felipe me amedrontava um pouco e o Menezes já era meu amigo e junto ao Pedro foi quem me indicou para o cargo. Bons tempos.

É NÓISE: O nome da banda é algo bem sugestivo, tem algum significado especial ou é apenas uma brincadeira ?

Alejandro: É uma expressão mexicana que quer dizer algo como "vou te dar um tiro!"

Bruno: Antes disso tivemos alguns nomes, até chegar no consenso desse grito de guerra usado pelos mexicanos em um contexto revolucionário.


É NÓISE: Como vocês definem o som da banda de vcs ?


Pedro: Alguns dizem que é metalcrustblackgrindnoiasludgedoomstonercollageprogressivehardcore.
Mas na verdade eu acho difícil definir um tipo de som, porque a gente costuma variar bastante a cada música... E até mesmo dentro de cada uma. Eu não sei direito de onde surge minha inspiração, porque não ouço quase nada... Mas vão saindo umas doideiras, às vezes a partir de imagens. Eu acho legal o fato de nosso som estar sempre mudando. Pra mim é sinal de que a inspiração não acabou. Tomara que a gente nunca consiga definir nosso estilo! Acho que não posso dizer que a gente foi definindo nosso som com o tempo, mas dá pra ter uma noção de caminho que a gente tem percorrido ao longo das nossas composições. No início pode-se dizer que a banda era bem metal. Mas com o tempo a gente foi mostrando uns pros outros o que a gente ouvia e foi ficando sempre pesado, mas cada vez menos tradicional. E acho que sempre foi ponto comum fazer músicas com clima tenso, estranho... A última música que fiz, por exemplo, tem grande influência de blues e stoner, coisas que eu não ouvia no início da banda. Acho que nossos gostos individuais foram se definindo, ao passo que o som da banda foi seguindo o caminho inverso...

Bruno: rsrs, o Pedro tem mania de dizer que não ouve nada...



Alejandro: po, a gente podia montar uma banda, como muita gente monta: bora levar um crust grind moderno? Ou: vamos fazer uma banda de stoner? E isso, obviamente dá uma unidade sonora gritante. E o TVAQ começou, ao contrário, não de uma unidade de pensamento, mas de um conflito: o chico queria tocar heaven shall burn e caliban. Eu queria tocar neurosis e his hero is gone e BS. E o Felipe não entendia porra nenhuma, estava confuso e disse pra gente ir guiando ele. Tanto que o chico me disse depois que um dos motivos dele sair da banda eram os conflitos comigo. A única coisa que era de comum acordo era que queríamos fazer uma banda politizada e tal. Tanto que a gente conversava muito de politica e de cena na época. Mas, musicalmente, inicialmente, o que o chico queria, eu abominava; o que eu queria, ele ignorava ou ainda nem tinha assimilado. Quando digo que nem tinha assimilado, não é no sentido de dizer que o chico era lento, retardado, mas que era algo que ele ainda não tinha escutado o suficiente, não tinha a menor familiaridade para saber sequer se gostava ou detestava. Tanto que os primeiros riffs que eu fiz pro tvaq, nem foram usados e eu até esqueci. Porque o chico viu aquilo, e olhou com uma cara como quem olha doido e disse: cara, na boa, vamos começar com algo mais simples. "Vamos começar com música", eu imaginei ele pensando.

É NÓISE: Existe algum estilo musical que vcs se encaixariam ?

Bruno: Inicialmente éramos uma banda que poderia ser rotulada como metalcore, com umas influências distintas e alguns diferenciais mais ousados do que o predominante no estilo. Tínhamos muita influência, por conta do Chico de Black e Death. Nesse início participávamos mais da cena relacionada ao hardcore. Com o passar do tempo, mudança de influências, identificação, evolução no modo de compor, coesão na relação musical entre os membros e também com a saída do Chico da banda, o TVAQ ganhou uma nova identidade. O stoner e o sludge são estilos que são unanimidades em nossos gostos musicais, mas também temos nossas particularidades que poderiam entrar em conflito. O Pedro ama death e trash tradicional mais que todos nós juntos, além de ouvir muito hardcore e Sublime estar entre uma de suas bandas preferidas. Felipe ouve Eyehategod, Eletric Wizard, QOTSA e White Stripes. Alejandro ta completamente influenciado por Blues, pink floyd e led.

É NÓISE: Os vocais da banda são bem rasgados, e isso dificulta que as pessoas entendam as letras, existe algum significado pra ser ouvido ou é pura catárse de músicos incomodados com a situação do pais ? (rs)
Alejandro: A banda começou com unidade ideológica, as letras eram políticas e tinha um conflito estético, musical; no caminho até hoje, a política foi perdendo unidade, importância, urgência e o lado musical foi ficando mais harmônico e primordial. E acho que música importa mais pra uma banda do que política, embora a política não seja desprezível. As letras são escritas (ou serão!), mas como não temos nada oficialmente lançado e eu sou intelectualmente instável e inseguro, as letras são reescritas volta e meia e às vezes eu esqueço o que ficou escrito por último.

Bruno: Satisfeito com a situação do país é inviável estar, então música é sim uma válvula de escape para tudo que nos incomoda. Não que a banda tenha sido formada com a intenção de nos distrair ou de criticar e mudar algo, mas quem tem banda sabe do que eu o falando.




É NÓISE: Vocês fizeram alguns shows em São Paulo certo? Vocês curtiram? Qual foi a reação da galera de lá?

Felipe: sim, nós fizemos 2 shows no mesmo dia. Um no Espaço Impróprio na capital e outro em Osasco num lugar que, se não me engano, se chama Metal Arena (ou Arena Metal). Para mim foi uma experiência pessoal inesquecível e que mudou a maneira como eu vejo as coisas e como conduzo minha vida. Foi uma mudança para melhor e creio que falo pelos 4 quando digo que valeu cada centavo gasto, toda a correria e as noites sem dormir direito! O show no Impróprio teve uma ambiente muito familiar, o que eu achei muito foda. Apesar de não conhecer ninguém que estava lá, parecia justamente o contrário. E o lugar tinha um visual que me fez lembrar o encarte do Sabbath Bloody Sabbath, o que empolgou mais ainda. Em Osasco era uma cena mais metal. O lugar era grande e com uma infra maior, exatamente o oposto. Estávamos exaustos já, mas fomos lá fazer o que sempre fazemos: deixar as pessoas com cara de ponto de interrogação!


Alejandro: Eu sinto como se ainda não tivesse tocado em SP com o TVAQ. Fizemos 2 shows no mesmo dia em lugares distantes. No primeiro, quando tocamos estava muito tarde e muita gente tinha ido embora pq meia noite o ônibus para de passar. No segundo show, tocamos 4 da matina pra um monte de adoradores fetichistas de bandas de thrash metal nem um pouco dispostos a ouvir música não-thrash. Mas a viagem foi foda e valeu a pena pela experiência, ainda que tenhamos tocado para poucos.


Pedro: Eu to entre as opiniões dos meus comparsas aí. Não achei tão dramaticamente positiva, mas valeu sim a pena, principalmente pelas amizades q surgiram ou se fortaleceram, que pra mim é o principal de ir tocar fora, até de ter uma banda. Não dá pra não ficar muito grato ao Cauê, q chamou a gente, e ao pessoal do Social Chaos, que foi muito foda, arrumou pra gente o 2o shows e levou a gente lá em Osasco de carro. Além disso os caras fizeram um show animal, assim como o Bandanos. Nosso show foi o pior da noite mesmo. Não estávamos preparados para tocar para um público tão literalmente thrash metal, e além disso tiramos um som bem ruim... Usei um pedal praticamente sem bateria, e sem saber usá-lo direito, pra dar uma idéia hehehehe. Foi uma bosta, mas valeu! Mas o do Espaço Impróprio foi legal.


Bruno: Nunca é ruim viajar com 3 dos meus melhores amigos, pra fazer rock and roll. Sair da própria cidade é foda sempre, já fomos a outros municípios dentro do Estado e sempre nos divertimos demais. SP, infelizmente, não teve um show muio cheio, porém, sem politicagem, eu curti bastante e quem durou depois de meia noite sem metrô pra voltar pra casa nos vendo, tava curtindo. O Espaço Improprio é foda demais e o rango de lá uma dádiva. O Caue do Cabeça de Gato que chamou a gente, chamou porque curtiu uma gravação tosca nossa q tinha ouvido. Chegando lá tocamos com 3 bandas fodas, dentre elas uma com um som bem semelhante ao que fazíamos. Osasco, é que realmente não teve muita salvação, o lugar podia ser gigantesco mas não tínhamos muito a ver estar ali, claro que agradeço muito a boa intenção do outro Cauê do Social Chaos que pos a gente na fita. Mas o show apenas rendeu boas fotos, pelo palco foda. E também foi um bom motivo para eu poder continuar bebendo até mais tarde e não ter q voltar para dormir. Quanto ao público não ter gostado ou ter gostado, foda-se o rock é derrota!


É NÓISE: Uma vez vcs tocaram no squat Flor do asfalto, vcs têm alguma afinidade com o punk, Straitgh edge? Existe alguma atividade mais politica ou cultural ligada a banda ou os membros ?

Alejandro: Eu acho que o que tem de político na banda é mais natural. Não somos uma banda anarquista ou trotskista ou straightedge ou... Acho que essa necessidade de ser totalmente politizado ou alienado é meio juvenil e cansativa. Sem falar que cada um da banda tem experiências de vida distintas e o único elo em comum, o mais forte, é a música mesmo. Não teria muito cabimento o TVAQ levantar uma bandeira específica e subordinar a produção da banda a uma ideologia.


Felipe: A banda nunca foi Straight Edge, mas eu, o Chico e o Alejandro éramos. Ainda concordo com muito da cultura, mas discordo de certas posturas e atitudes. O Alejandro creio ter sido o mais engajado de todos nós quanto a isso. O Chico tinha uma postura política forte, tanto em relação ao Straight Edge quanto a ideologias políticas. Eu nunca fui muito engajado. De resto, o Pedro faz Krav Magá e acredita no poder do seu bastão de ferro e o Bruno vive mais enganchado do que engajado.


Bruno: Primeiramente, o show foi foda, um dos melhores shows da banda desde que começamos. O público estava insano, o som tava nítido, a energia fluiu. Nenhum de nós na banda é alienado politica ou culturalmente falando, mas temos sim opniões distintas. respondendo a sua pergunta se vc conseguir a façanha de entender alguma letra vai encontrar um pouco de críticas de cunho politizado, entre as metáforas. Mas realmente não nos denominamos por algum rótulo quer seja político, quer seja musical. Acredito que a maior identificação entre nós, o squat ou alguma ideologia que se encaixe ao nosso perfil, e a paixão com que tomamos as coisas pra nós e isso me fez admirar demais o squat, gostaria de tocar, ir ou frequentar mais vezes lá.


Pedro: Nossa afinidade com o punk é o "do it yourself". Como o Alejandro falou, não tem como a gente assumir uma postura política única para a banda. Nas letras você percebe críticas sociais sim, mas não dá pra dizer que é um posicionamento político muito específico, com explanação de idéias feitas explicitamente. É como um filme de terror trash antigo, que a princípio pode parecer puramente gore, mas traça um paralelo com a situação histórica do momento, de uma forma mais exagerada... Falando sério, assistam novamente "A Coisa" e "Madrugada dos Mortos (mas o original, de 78!)"; dá pra extrair uma visão política proposital dali. Mas também acho muito legal letras com posicionamento político específico, pois isso gera troca de idéias por aí, na internet e tal. Eu mesmo resolvi virar vegetariano ao conhecer o assunto freqüentando vários shows com bandas vegans. O que acho é que as pessoas têm que pensar livremente a partir do que está sendo exposto, sem tentar fazer com que sua idéia pareça a única correta e absoluta, sem diminuir opiniões diferentes... Por exemplo, o que eu conheci sobre o veganismo me convenceu plenamente e me abriu novas visões, mesmo em outros assuntos, porque antes eu nem considerava essa idéia, achava uma grande besteira e isso mudou totalmente! Mas também já vi gente dizendo que quem comia carne era um insensível, que tinha mais era que morrer engasgado com uma coxinha. Uma pessoa com um discurso desses quer chegar aonde? Parece que não quer trocar idéias, e sim fazer de suas visões um fetiche para escrever letras de revolta, fazer cara de mau e "sucesso no underground".




: O Pedro lembrou bem o lance do "D.I.Y." relacionado a nós. Somos uma banda totalmente enquadrada nesse perfil. Mas quem me dera ter um Malcom Mclauren pra nos assessorar e empresariar. Acrescentando também outro ponto que ele citou, acho maravilhoso o indivíduo ter suas convicções, crenças e paixões e querer dividí-as com o resto da humanidade, estipulando a isso uma melhora no viver soial. Porém não acho conveniente uma postura xiita e fascistóide que renega os diferentes, tratando-os como inferiores apenas por ter crenças diferentes.Nunca sofri nada direto relacionado a isso e creio antes de qualquer ideal deveria vir o respeito. Seria mais interessante alguém de opnião diferente vir trocar uma ideia na boa sobre seus ideais ao invés de olhar para os outros com desdém e uma postura esnobe, como um mauricinho de classe alta completamente alienado,desinformado e aquém de um convivío social fora de seu meio, olharia para um típico punk, cheio de cultura e bons posicionamentos em suas idéias que poderiam ser acrescentadas. Eu mesmo sou católico e não imponho isso a ninguém, além de grandes amigos meus serem agnósticos e ateus.





É NÓISE : Como rola o intercâmbio da cena alternativa aqui no Rio ? É muito complicado manter uma banda independente que não faz Rock modinha por aqui ?

Felipe: A meu ver não é tão complicado. A cena existe. Não penso que só as bandas modinhas é que fazem sucesso. Eu vejo problema é para bandas porra louca como o TVAQ. É a coisa mais estranha que eu conheço e já ouvi. Claro que a gente tenta amenizar e se camuflar entre outras bandas que curtimos e que têm uma certa afinidade com o nosso som para nos sentirmos menos estranhos (é, é um complexo).

Alejandro: O Brasil é um país culturalmente ruim de jogo. Acho que até bandas programadas para fazer sucesso e sair da cena independente passam perrengue. Eu não sei se pra gente é mais complicado. Apesar de sempre sermos uma espécie de "estranhos no ninho", sempre encontramos uma receptividade e, por incrível que pareça, afinidade em diversos ninhos. É só ver a entrevista que estamos dando nesse ninho daqui. Mas também não acho que isso seja uma irreverência nossa. O show que vc mencionou na ocupação Flor do Asfalto, por exemplo, tinha bandas muito diferentes e havia uma afinidade em tudo aquilo. No fim, isso é muito próximo ao que eu entendo como punk e ao do it yourself. O rock, metal, rap, punk, essas manifestações independentes, se unidas e afinizadas, podem ser um ninho de estranhos. Eu associo esse tipo de show na ocupação Flor do Asfalto a eventos como o Carnaval Revolução onde existe diversidade, uma abertura pra essa diversidade e uma afinidade no modo de fazer as coisas que pode ser considerada uma afinidade política. E é muito mais relevante essa política no modo de fazer as coisas do que a política explícita em letras de música ou emblemas.


Bruno: Já tocamos com Perla Siete, John Candy, Dandara, Aive, Confronto, Enciende, Operação 81, Feed me, Cooper Cobras, Umine, Arsênio, Billy Goat e várias ouras bandas que pra quem conhece a cena do RJ sabe as distinções musicais e ideológicas entre elas, porém todas tem seus méritos dentro dos seus estilos e público. O TVAQ não tem problema em dividir o palco com ninguém, é sempre um prazer, ainda mas sendo uma banda que achamos boa, independente do estilo.Mas inevitavelmente, o estilo musical, traça nosso caminho e determina as bandas companheiras, logo oscilamos muito nesse ponto desde o início da banda. Atualmente tocamos mais com bandas punk ou de rock and roll, porém ainda rolam muitas oportunidades de dividir o público com boas bandas de hardcore e metal, principalmente em outras cidades. Isso se deve ao fato de voce encontrar muitos fragmentos desse estilo, outrora predominante em nosso som.


Pedro: Quanto a manter uma banda independente, bom, depende do seu objetivo. Se é pra arcar com todos os custos e eventuais prejuízos, sem grande retorno financeiro, tocando por aí pra fazer amizades, sem grandes pretensões e até sendo meio desleixados, dá pra manter na boa. Acabei de descrever o TVAQ! Agora, pra tentar dar mais visibilidade, crescer mesmo, fazer algum dinheiro, assinar contrato, aí acho que muitas vezes você acaba tendo que ir além de pura inspiração e talento(?), porque isso exige investimento em imagem, divulgação... E acho que isso até pode, muitas vezes, acabar influenciando na essência musical da banda... Não dá pra tocar qualquer coisa que você goste se você quer que muita gente goste do seu som. Isso eu acho que acaba castrando a sua liberdade musical; tem que pensar que o refrão está agradável, que a progressão de acordes é harmoniosa e tal... Aí, pra mim, perde o sentido. Não sou músico, não tenho pretensão de chamar 3 mil pessoas para ver a gente e conhecer todas as nossas letras... Prefiro que 10 pessoas venham nos cumprimentar após o show com congratulações sinceras e chame a gente pra tocar de novo.

É NÓISE: Além daquela divulgação básica, existe mais alguma coisa que vcs gostariam de dizer pro pessoal aí ? Alguma reclamação ? Apelo ? Catarrada ? Alerta ? Alguma coisa ?

Alejandro: Apelo?! Alguém que tenha um imóvel no Rio de Janeiro e queira ser meu fiador, eu agradeço! E obrigado pelo espaço, Rafael!

Bruno: Preciso de um emprego urgente, mas precisamente um estágio na área de comunicação social. além disso fui roubado enquanto tocava com minha outra banda em Niterói arrombaram a mala do carro e levaram mminha guitarra e meu baixo, quem achar o fdp q roubou uma epiphone les paul standard e um washburn xb100 favor matá-lo ou me contactar. Quem quiser me dar isntrumentos e equipamentos novos tb aceito. Mas se a intenção de alguém é me fazer parar, bom, tem q me bater mais forte, porque eu to longe de desistir. E como diz aquele cara do Bide ou Balde:"AME o ROCK!"


Pedro: Eu gostaria de dividir com os leitores uma receita muito gostosa que eu fiz aqui em casa com o Bruno. Falafel! Deixe grão-de-bico de molho por umas 12 horas, cozinhe até ficarem macios e retire as cascas. Faça uma massa misturando uma pitada de pimenta-do-reino (eu usei pimenta síria!), cominho, salsinha e coentro picados, tudo moído ou amassado mesmo. Em uma frigideira, pique bem uma cebola inteira e doure no azeite quente. Misture a massa à cebolae deixe tomar gosto por uns minutos. Depois deixe a massa descansar por 1 hora. Misture 2 colheres de farinha de trigo à massa e faça os bolinho, cobrindo-os com a farinha de trigo. A farinha é essencial para a fritura! Frite os bolinhos em óleo bem quente, 1 a 1, e coma com limão, molho de alho ou de pimenta síria. Minha tia me disse que também pode-se usar pistache moído na massa, mas nunca experimentei. Um abraço!
TE VOY A QUEBRAR É:
Alejandro- Vocal e guitarra
Pedro- Guitarra
Bruno- Baixo
Felipe- Batera
Quer ouvir o som do Te Voy a Quebrar???

2 comentários:

Unknown disse...

huahuahua

os caras são demais

vou fazer a receita...
e porra, roubar as ferramentas de trabalho do cara é muita maldade... pau no cú desse larápio de merda

abraço
adr

Bolinho disse...

grande banda e os caras são gente fina!
parabéns e força aí Paulista!
Bolinho